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Orientador Empresarial
O poder econômico
também não existe para comprar corpos, consciências, corações e mentes. Numa
organização, essas coisas não estão à venda, mas estão à inteira disposição de
quem as convide para trilhar o caminho da ética, da justiça, da legalidade, do
Bem.
Alguns leitores
já devem ter percebido que, quando por alguma razão certos clientes de
prestadores de serviços se sentem contrariados, não hesitam em dar mostras
públicas do seu poder e soltam pérolas como: Eu estou pagando! Então exijo que seja feito assim!
Nestes casos, é
de se acreditar que a posse de dinheiro não seja proporcional à posse da boa educação.
Infelizmente,
em algumas famílias, também existe a presença de frases que pretendem deixar
claro quem é que manda no pedaço: Enquanto
você viver às minhas custas, as coisas aqui vão ser do jeito que eu quero!
Em um grande
número de empresas, guardadas as devidas proporções e contextos, ocorrem
situações análogas àquelas: como elas pagam os salários e concedem os
benefícios, o empregado tem que se submeter a condições e práticas nem sempre
profissionais e saudáveis, como atestam os recentes e inúmeros casos de
assédios, burnouts e bullyings
que a imprensa vem divulgando.
Nesses
exemplos, há um lamentável e elementar erro de interpretação do significado e
do objetivo do chamado poder econômico.
Não custa
lembrar que a finalidade desse poder não é impor nem obrigar pessoas a fazerem
o que não querem ou algo que contrarie suas condições, seus valores e seus
direitos. Aliás, para conseguir isso ninguém precisa de poder econômico: basta
um ultrapassado chicote, ou chibata, usados farta e desumanamente no tempo da
escravidão.
O poder
econômico também não existe para comprar corpos, consciências, corações e
mentes. Numa organização, essas coisas
não estão à venda, mas estão à inteira disposição de quem as convide para
trilhar o caminho da ética, da justiça, da legalidade, do Bem.
Estes
comentários pretendem convidar determinados profissionais para uma reflexão
sobre uma premissa óbvia, mas nem sempre observada: o poder que emana do
dinheiro, seja na forma de pagamento,
mesada ou salário, não dá a nenhum tipo de liderança o direito de, sob qualquer
pretexto, comprometer a qualidade de vida e a auto-estima dos liderados.
A propósito
deste assunto, permitam-se transcrever uma frase admirável, atribuída a certo Ed Liden, sobre o qual não tenho maiores
informações, mas que certamente sabia o que dizia em matéria de gestão de
pessoas:
Pode-se comprar o tempo de um Homem. Pode-se comprar a
presença física de um Homem em determinado lugar. Pode-se até mesmo comprar um
número exato de habilidosas ações musculares por hora e por dia. Mas não se
pode comprar entusiasmo. Não se pode comprar espírito de iniciativa. Não se
pode comprar lealdade. Não se pode comprar a dedicação do coração, da mente e
da alma. Essas coisas você tem que merecer.
Em resumo: o
poder econômico que não conduz as pessoas à felicidade, não merece o nome de
poder. Talvez chicote, ou a chibata.
*Floriano Serra é psicólogo, palestrante e docente de seminários
comportamentais. É diretor-executivo da SOMMA4 Gestão de Pessoas, autor de vários
livros e inúmeros artigos sobre o comportamento humano no trabalho. Ex-diretor
de RH de empresas nacionais e multinacionais.
As opiniões
expressas nesta Seção são de responsabilidade de seus Autores, sendo, a
divulgação por VERITAE Orientador Empresarial,
devidamente autorizada pelos mesmos.
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